O banco britânico HSBC auxiliou clientes afortunados a evadirem divisas, mostra investigação do ICIJ (The International Consortium of Investigative Journalists). Com documentos sigilosos obtidos por meio do jornal francês Le Monde, um grupo de jornalistas de 45 países diferentes comprovou os atos ilícitos promovidos pelo braço suíço do banco, que envolviam negócios com ditadores, políticos, realeza e astros do esporte e de Hollywood.
Segundo a análise dos dados expostos – do período entre 2005 e 2007 –, pelo HSBC passaram US$ 180 bilhões que serviram para fraude fiscal, lavagem de dinheiro, tráfico de armas e financiamento do terrorismo internacional. O conjunto de documentos foi batizado de "Lista Falciani", em referência a Hervé Falciani, técnico de informática italiano que trabalhava na filial suíça do HSBC e que repassou informações bancárias de milhares de clientes às autoridades francesas.
Após a divulgação das investigações, o diretor-geral da filial, Franco Morra, lançou comunicado afirmando que o HSBC está fazendo "uma transformação radical" a fim de evitar que o banco seja um facilitador de atividades fraudulentas.
"O HSBC acolheu um certo número de clientes que não estavam totalmente de acordo com suas obrigações fiscais. A cultura de aceitação e os padrões de bom comportamento eram claramente mais baixos dos que os de hoje", disse.
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