domingo, 29 de março de 2015

As Cinco Estradas com Maior Número de Assaltos a Ônibus do Brasil

 

Quais são as estradas mais perigosas do país para quem viaja de ônibus? Um estudo feito pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e publicado neste sábado (28), mostra que a viagem não é tranquila para quem passa por Minas Gerais: o Estado lidera o ranking de assaltos a ônibus no país.
Segundo a reportagem do portal G1, ao todo foram registrados 277 assaltos a ônibus em 2014. Só em Minas, foram 66. A situação também é ruim em Goiás, Bahia e Alagoas. Esses estados têm os trechos mais perigosos. Confira a lista dos cinco trechos mais perigosos:

BR-101, que liga o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, no trecho que passa por Alagoas
BR-365, que liga o Nordeste ao Centro-Oeste, no trecho que passa por Minas Gerais
BR-040, que liga Brasília ao Rio de Janeiro, no trecho que passa por Goiás
BR-070, que liga Brasília a Mato Grosso, no trecho que passa por Goiás
BR-101, que liga o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, no trecho que passa pela Bahia
A Polícia Rodoviária Federal recomenda que motoristas de ônibus e passageiros não façam paradas fora dos pontos regulamentados no trajeto, para evitar abordagem de assaltantes, e que nunca reajam a um assalto.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Câmara Aprova Projeto que Regulamenta Direitos de Trabalhadores Domésticos

Ordem do Dia. Votação do Projeto de Lei Complementar 302/13, sobre a regulamentação dos direitos dos empregados domésticos 
Deputados aprovaram proposta que regulamenta direitos como seguro-desemprego, horário de almoço, adicional noturno e salário-família. 




O Plenário da Câmara dos Deputados concluiu no último dia (17/03) a votação do Projeto de Lei Complementar 302/13, do Senado, que regulamenta os direitos e deveres do empregado doméstico, como seguro-desemprego, conta no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), pagamento de horas extras, adicional noturno e seguro contra acidente de trabalho. Esses direitos foram concedidos pela Emenda Constitucional 72.




O texto aprovado é uma emenda substitutiva da deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que considera empregado doméstico aquele que presta serviços de forma contínua em residências por mais de dois dias na semana. A carga de trabalho é fixada em 44 horas semanais e 8 horas diárias.
Para a deputada, a aprovação do projeto coloca os empregados domésticos mais perto de terem seus direitos igualados aos dos outros trabalhadores. "Eu estou não só satisfeita, estou muito emocionada porque, desde 1988 [promulgação da Constituição], foram muitos anos, e este momento é o momento em que sabemos que ainda haverá muita luta, mas já demos um grande passo", afirmou Benedita.


Compensação de horas
De acordo com o texto, um acordo escrito entre empregado e patrão poderá prever a compensação de horas trabalhadas a mais em até três meses por meio da diminuição da jornada, respeitada a soma das jornadas semanais desse período.

Se as horas extras, no máximo de duas por dia, não forem compensadas dessa forma e nesse prazo, o empregador terá de pagar o valor da hora adicional mais 50%.
Vigilantes incluídos
Será possível ainda o regime de trabalho conhecido como 12 X 36, quando o empregado trabalha 12 horas diárias seguidas de 36 horas ininterruptas de descanso.

Quanto a esse ponto, o Plenário aprovou emenda do ex-deputado Sandro Mabel que incluiu, na remuneração mensal para esse regime de trabalho, o pagamento pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados.
A emenda também estende a regra aos vigilantes de segurança das instituições financeiras.


Menores de idade
Ao contrário da versão aprovada na comissão mista de regulamentação da Constituição e pelo Senado, o contrato de trabalho de regime parcial de 25 horas semanais não poderá ser usado.

A redação aprovada acolhe a Convenção 182/99 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e proíbe o trabalho doméstico de menor de 18 anos.
Sobreaviso
O texto permite que um acordo escrito entre as partes preveja o sobreaviso do empregado se ele dormir ou residir na residência ou estiver em viagem com o empregador ou sua família.

A hora de sobreaviso é remunerada com um terço da hora normal e, no caso de estar em viagem, a hora trabalhada será acrescida de 25%.



Ordem do Dia. Votação do Projeto de Lei Complementar 302/13, sobre a regulamentação dos direitos dos empregados domésticos. Dep. Benedita da Silva (PT-RJ) 
Texto aprovado pela Câmara é uma emenda da deputada Benedita da Silva.





Horário de almoço
O horário de almoço foi estipulado em uma hora ou, no máximo, duas horas. Por acordo escrito prévio, esse tempo poderá ser reduzido a meia hora, desde que compensado com redução da jornada no mesmo dia.

Para jornadas de até seis horas, será obrigatório um intervalo de descanso de 15 minutos depois de quatro horas.
Caso o intervalo de repouso e alimentação não for concedido, será devido um acréscimo de 50% da hora normal trabalhada.



Contratos temporários
A regulamentação permite dois tipos de contratação temporária: o contrato de experiência, limitado ao máximo de 90 dias; e o contrato para substituir outro empregado ou para atender necessidades temporárias da família, limitado a um ano.

No caso de demissão sem justa causa, a indenização será de metade da remuneração a que o empregado teria direito até o fim do contrato.
Confira outros pontos da proposta:
  • a critério do empregador, as férias poderão ser divididas em dois períodos, com um de, no mínimo, dez dias corridos;
  • é facultado ao empregado doméstico vender ao patrão até 1/3 das suas férias;
  • acaba a possibilidade de penhora do único imóvel do empregador ou de móveis que o integrem para quitar dívidas com empregados domésticos;
  • passará a ser obrigatório o registro do horário de trabalho do empregado doméstico por qualquer meio manual, mecânico ou eletrônico.




Senado Aprova Fim das Coligações Partidárias em Eleições Proporcionais

O Senado aprovou ontem (24), em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição 40, que acaba com as coligações eleitorais em eleições proporcionais, permitindo que elas ocorram apenas para as majoritárias. A PEC é um dos principais temas da reforma política. 

Na prática, a proposta estabelece que os partidos só poderão se coligar em eleições para cargos do Executivo – federal, estadual e municipal – e para o Senado. Portanto, ficam proibidas as coligações para disputas à Câmara dos Deputados, às assembleias legislativas, à Câmara Legislativa do Distrito Federal e às câmaras de Vereadores. 

Não será mais possível, por exemplo, que dois partidos que não alcançaram o número necessário de votos para atingir o coeficiente eleitoral se unam para eleger um candidato. A PEC também impede que, durante o afastamento de um parlamentar, o suplente convocado seja de outro partido. 

A proposta tinha sido aprovada em primeiro turno no último dia 10. A matéria segue para a Câmara dos Deputados, onde também terá de ser aprovada em dois turnos, com maioria qualificada, ou seja, pelo menos 308 deputados precisam votar a favor. Se o texto sofrer alterações na Câmara, retornará ao Senado para última análise.

sábado, 21 de março de 2015

Aposta Oportunista

 

Aproveitando as discussões sobre novas fontes de recursos para a Saúde, bancada do jogo no Congresso se articula nos bastidores para aprovar projeto que regulamenta os bingos no País.


Nos últimos dias, um grupo de deputados aproveitou as discussões sobre novas fontes de receita destinadas a financiar a Saúde para reacender uma discussão polêmica. Integrantes da chamada Bancada do Bingo, eles passaram a se articular fortemente nos bastidores na tentativa de colocar novamente na ordem do dia do Congresso a regulamentação do jogo no Brasil. Desde 2004, quando os bingos e máquinas caça-níqueis foram proibidos de operar no País, deputados ligados a empresários do setor tentam, em vão, recolocar o projeto em pauta. Agora, o tema ressurge com força. O principal porta-voz é o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). Mas, por trás do petista, existe hoje uma bancada composta por mais seis parlamentares. São eles: Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Lincoln Portela (PR-MG), Sandro Mabel (PR-GO), Jovair Arantes (PTB-GO), Darcísio Perondi (PMDB-RS) e João Campos (PSDB-GO). 

Um dos argumentos da bancada é de que os bingos já funcionam de maneira clandestina no País e acabam se tornando terreno fértil para a atuação do crime organizado. E, com a regulamentação, os impostos provenientes dos jogos de azar no País podem render aos cofres públicos de R$ 3 bilhões a R$ 10 bilhões por ano. “Não tenho o menor pudor em defender a legalização”, afirmou Vaccarezza. Especialista no assunto, o líder do governo visita Las Vegas sempre que pode. Recentemente, ficou impressionado com a sofisticação do cassino City Center Rosário, em Santa Fé, na Argentina.“Hoje, a atividade no Brasil é marginalizada e abre-se um bingo clandestino em qualquer lugar”, explica. Em sua opinião, cassinos e bingos poderiam funcionar como polos de desenvolvimento. “Um cassino em Manaus seria outro pré-sal”, prevê, defendendo a abertura de 10 a 20 casas em todo o País. 

Afinado com Vaccarezza, Lincoln Portela afirma que considera a matéria oportuna. “Hoje os bingos funcionam sem regras e o Tesouro não recebe nada”, explica. Para o deputado Sandro Mabel (PR-GO), o ideal é tratar o tema de forma desapaixonada. “É muito mais simples aprovar a volta dos bingos do que criar a Contribuição Social da Saúde.” Outro membro da bancada do jogo, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) aponta casos bem-sucedidos de controle dos bingos na Argentina, Uruguai e na Itália, além do Canadá, onde a arrecadação é destinada ao meio ambiente. Para o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), “o tema é polêmico, mas é preciso regulamentar”. Antigo defensor da liberação, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) considera um absurdo o argumento de que a Receita Federal não tem meios de fiscalizar o jogo. “Não seria por causa da eventual incompetência da Receita que não haverá essa regulamentação para o bem da Saúde.” Na quinta-feira 8, o projeto ganhou mais um aliado. Em evento na Loterj, o governador do Rio, Sérgio Cabral, lamentou o fato de o Brasil não ter jogos “legalizados e organizados”. 

O tema é polêmico, pois os bingos e as máquinas caça-níqueis normalmente são associados a irregularidades. O episódio mais lembrado e de impacto ocorreu em 2005, quando o ex-assessor da Casa Civil, Waldomiro Diniz, foi acusado de cobrar propina de empresários do ramo de jogos para arrecadar dinheiro para o PT. O caso motivou a CPI dos Bingos. No fim do ano passado, a Força Sindical fez lobby por um projeto de lei na Câmara, que, se aprovado, reabriria as portas dos salões de bingo. Os recursos seriam destinados ao aumento do salário mínimo. Mas as alterações ao projeto foram rejeitadas por 212 votos a 144. Resta, agora, na Câmara, o texto original, já aprovado em três comissões.  


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segunda-feira, 16 de março de 2015

Duque, Fiel Escudeiro do PT, Volta a Ser Preso na Lava Jato

 
O ELO – Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, que cobrava 3% de propina para o PT: preso depois que a Polícia Federal descobriu que ele tinha contas secretas no exterior.



O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, apontado pelos investigadores da Lava Jato como um dos principais arrecadadores de propina do PT, voltou a ser preso nesta segunda-feira (16), na décima fase da operação, batizada de "Que país é esse?" - o título faz referência à frase que Duque teria dito a seu advogado em novembro passado, quando foi preso pela primeira vez. A prisão foi decretada depois que a força-tarefa da Lava Jato encontrou em Mônaco a fortuna que Duque limpou de contas na Suíça - documentos recebidos pelas autoridades brasileiras comprovam a movimentação do dinheiro no país europeu. Foram bloqueados 20 milhões de euros (67,8 milhões de reais) nas contas de Duque no principado. O Ministério Público verificou que, mesmo depois de deflagrada a operação, Duque seguiu desviando dinheiro de suas contas no exterior.

Relator dos processos Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, o ministro Teori Zavascki havia concedido liberdade a Duque em dezembro por considerar que não era legítimo manter o investigado preso preventivamente com base em argumentos de que, em liberdade, ele poderia fugir para o exterior. A investigação apontou, ainda, registro de transferências para outras contas nos Estados Unidos e em Honk Kong, mas ainda fora do alcance das autoridades brasileiras. A nova prisão preventiva foi decretada, portanto, para evitar novos crimes de lavagem em relação ao dinheiro secreto ainda não bloqueado.

Afilhado do mensaleiro José Dirceu, por indicação de quem ocupou a Diretoria de Serviços, Duque foi preso em sua casa, no Rio de Janeiro, na nesta manhã. O mandado expedido contra ele é de prisão preventiva, ou seja, não há prazo estipulado para soltura. Ele é um dos principais alvos desta fase da Lava Jato, ao lado do empresário Adir Assad, apontado como verdadeiro dono de empresas utilizadas pelas empreiteiras para lavar dinheiro no esquema do petrolão. Assad é velho conhecido da Justiça: foi um dos investigados pela CPI do Cachoeira e também um dos alvos de inquérito da Polícia Federal nas investigações sobre a empreiteira Delta. Assad foi preso em sua casa em São Paulo.
Em dezembro de 2013, Adir Assad montou uma rede de empresas que não existem para prestar serviços de corrupção e financiamento clandestino de campanhas eleitorais. A contabilidade de suas empresas revela que elas receberam 1 bilhão de reais, entre 2006 e 2013, de 134 clientes, como empreiteiras, bancos, usinas de energia, empresas de logística, incorporadoras e concessionárias de rodovias. Quase metade dos clientes (cinquenta) são empreiteiras e empresas da construção civil, que juntas desembolsaram 750 milhões de reais. A evolução do faturamento de Assad acompanha a escalada da Delta no ranking de fornecedores da União. Em 2006, as firmas do empresário faturaram 660 800 reais. Em 2010, ano de eleições gerais, 379 milhões de reais.
Além dos dois mandados de prisão preventiva e quatro de temporária, os agentes cumprem doze mandados de busca e apreensão expedidos pela 13ª Vara Federal do Paraná. Os presos são investigados pela prática dos seguintes crimes: associação criminosa, uso de documento falso, corrupção passiva e corrupção ativa, além de fraude em processo licitatório e lavagem de dinheiro. Três alvos são laranjas de Assad e um é filho do operador Mário Goes, que está preso na carceragem da PF em Curitiba desde fevereiro e deve ser denunciado à Justiça nesta semana. Lucélio, filho de Goes, era sócio do ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco em uma lavanderia industrial. O próprio operador foi sócio de Barusco na JPA lavanderia industrial.

Delação - Em acordo de delação premiada, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, braço direito de Renato Duque na Petrobras, disse que o pagamento de propina na petroleira envolveu noventa contratos de obras de grande porte entre a estatal, empresas coligadas e consórcios de empreiteiras. Os contratos estavam vinculados às diretorias de Abastecimento, Gás e Energia e Exploração e Produção. No rateio da propina, era cobrado 2% do valor do contrato, sendo que 1% era administrado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, e o outro 1% era repartido entre o PT e diretores da Petrobras, incluindo Renato Duque e Jorge Zelada, da Área Internacional da petroleira. Segundo Barusco, na partilha do dinheiro sujo, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, recebeu até 200 milhões de dólares, sendo que parte desta propina teria sido repassada ao caixa da campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República em 2010.

Quando Renato Duque deixou a Diretoria de Serviços, em 2012, ele fez uma espécie de acerto de contas com o então braço direito para receber parte da propina que havia sido direcionada inicialmente ao auxiliar. No acordo, Barusco destinou valores de futuras propinas para o ex-chefe, já que, no acordo do chamado Clube do Bilhão, diversas empresas ainda precisavam confirmar o pagamento de dinheiro na trama criminosa. Apenas a Camargo Corrêa, por exemplo, devia 58 milhões de reais em propina na época.
Entenda - A participação de Renato Duque no esquema de cobrança de propina na Petrobras foi amplamente detalhada às autoridades da Lava Jato, em especial em acordos de delação premiada. Além das informações de Barusco, o diretor da Divisão de Engenharia Industrial da empresa Galvão Engenharia, Erton Medeiros Fonseca, por exemplo, afirmou à Justiça que a empreiteira pagou 8,8 milhões de reais, de 2010 a 2014, em propina para um emissário da diretoria de Serviços da petroleira. O último repasse, segundo os comprovantes anexados pela empreiteira ao inquérito, são de junho de 2014, quando a Lava Jato já havia sido deflagrada.
Mais: o executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da empresa Toyo Setal, também informou à Justiça a participação de Renato Duque no escândalo do petrolão e disse que, no Clube do Bilhão, normalmente a propina a ser paga a Paulo Roberto Costa seria de 1% por contrato, e de Duque outros 2%, embora cada empresa pudesse negociar diretamente com os diretores, em uma espécie de barganha de propina. No caso da Toyo Setal, por exemplo, Duque recebeu 1,3% de propina por contrato celebrado com a Petrobras, enquanto Costa recebeu 0,6%.​

sábado, 14 de março de 2015

Relator da CPI da Petrobras Descarta Convocar Janot e Quebrar Sigilos

 
O relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), durante sessão da CPI da Petrobras que ouviu o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) .


O relator da CPI da Petrobras na Câmara, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), afirmou, ser contrário à convocação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para falar à comissão e descartou quebrar sigilos bancários e telefônicos do chefe do Ministério Público e de políticos investigados por suspeita de participar do esquema de corrupção na estatal.
O petista será responsável por elaborar o relatório com as conclusões finais da comissão e eventuais pedidos para que políticos sejam denunciados à Justiça. Em depoimento na sessão da CPI da última quinta-feira (12), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos 48 políticos alvos de inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF), fez duras críticas a Janot recebeu elogios dos deputados da comissão.
O deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) foi além e protocolou requerimento na comissão pedindo a quebra dos sigilos do procurador, enquanto deputados do PMDB defenderam que Janot seja convocado a depor.
Para o relator da CPI, convocação e quebras de sigilo poderiam provocar uma“luta política” entre o Congresso e o Ministério Público Federal.
“Meu posicionamento é contrário. Não podemos transformar o caso numa luta política contra o Ministério Público. Levaria a um nível de radicalização entre Legislativo e Ministério Público”, disse.
Nesta sexta (13), em reunião com procuradores, Janot reagiu aos ataques, manifestando "estranheza" com as críticas dos parlamentares e pedindo "união" ao Ministério Público.
Indícios 'frágeis'
Apesar de querer evitar confronto direto com o procurador-geral, Luiz Sérgio critica a inclusão dos nomes de diversos políticos na lista de investigados. Para ele, os indícios existentes contra as autoridades são “frágeis”, sobretudo os que embasam os pedidos de investigação do governador do “O que fica evidenciado é que há alguns pedidos de inquérito, do Eduardo Cunha, por exemplo, que evidenciam enorme fragilidade. A petição com relação ao Pezão, então, é a que achei mais frágil de todas”, afirmou.

Em depoimento dado com base em acordo de delação premiada, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou ter arrecadado R$ 30 milhões como caixa dois da campanha de 2010 do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB). Os recursos teriam beneficiado também o atual governador do estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), vice de Cabral na época. Os dois negam as acusações.Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e do presidente da Câmara.
Eduardo Cunha é citado na delação do doleiro Alberto Youssef. No depoimento ao Ministério Público, Youssef  afirmou que Paulo Roberto Costa intermediou o contrato de aluguel de um navio plataforma da Samsung junto à Petrobras. Para viabilizar o contrato, destacou Youssef, o executivo Júlio Camargo pagou propina a integrantes do PMDB, "notadamente Eduardo Cunha".

Para Luiz Sérgio, essas acusações feitas nas delações não são suficientes para incriminar os dois políticos. “Tenho convicção plena de que o caso do Pezão vai ser arquivado. E se houver apenas aquilo que está no relatório do Eduardo Cunha, é de uma fragilidade muito grande, acho que será arquivado também”, disse.
O petista afirmou que também não vê indícios fortes contra o senador tucano Antônio Anastasia (PSDB-MG), ex-governador de Minas Gerais. “Dizer que entregou dinheiro para Anastasia não basta, tem que provar. Ele é do PSDB, mas não tem como não dizer que não é frágil.”
Quebra de sigilos
O relator da CPI também descarta abrir sigilos bancário e telefônico de qualquer político investigado na Operação Lava Jato. Para ele, é preciso aguardar que o Ministério Público decida se apresentará ou não denúncias contra as autoridades ao Supremo. Por enquanto, as suspeitas contra os 48 políticos estão sendo investigadas. Se o procurador-geral verificar que há prova de crimes, apresentará pedido para que o STF abra ações penais.

“Como existe inquérito em curso, o próprio Supremo, se achar que existe necessidade, vai abrir [os sigilos]. Acho que o parlamento deveria aguardar o inquérito feito no Supremo, até porque lá é feito com independência e sem a luta corporativa de qualquer instituição, sem paixões partidárias.”
Luiz Sérgio disse considerar que não há uma corrupção “sistêmica” na Petrobras e afirmou que delatores do esquema não revelam participação dos ex-presidentes da estatal nem dos funcionários que compunham as comissões de licitação.
“O próprio Pedro Barusco [ex-gerente de Serviços da Petrobras] disse que a corrupção está institucionalizada. Mas disse que Graça Foster não sabia de nada.  A comissão de licitação agia corretamente. Então, onde estava a generalização do problema?”, questionou o relator da CPI.


quinta-feira, 12 de março de 2015

Aluno Pode Usar Banheiro de Escola Segundo Sua Orientação Sexual, de Acordo com Diário Oficial

 


RIO e BRASÍLIA - Duas resoluções publicadas no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (12) garantem direitos para a comunidade LGBT. Uma delas estabelece parâmetro para garantir condições de acesso e permanência de pessoas travestis e transexuais - “e todas aquelas que tenham sua identidade de gênero não reconhecida em diferentes espaços sociais” - nas instituições de ensino.

De acordo com os artigos, as escolas e universidades, públicas e particulares, devem garantir o uso de banheiros, vestiários e demais espaços segregados por gênero de acordo com a identidade de cada sujeito. Além disso, o campo “nome social” deve ser inserido nos formulários e sistemas de informação utilizados nos procedimentos de seleção, inscrição, matrícula, registro de frequência, avaliação e similares.


Caso haja distinção quanto ao uso de uniformes, por exemplo, também deve ser facultada a escolha de vestimentas conforme a opção de cada pessoa. Em outro trecho do documento, o texto diz que o reconhecimento da identidade de gênero deve ser estendido a estudantes adolescentes sem que seja obrigatória a autorização do responsável. 

O estudante também passa a ter direito de ser chamado quando solicitar pelo nome social quando a identificação civil não corresponder à sua orientação - não cabendo qualquer tipo de objeção.



INCLUSÃO NOS BOLETINS DE OCORRÊNCIA 

Já na outra resolução, o governo recomendou às polícias civis do Brasil que incluam, nos boletins de ocorrência, campos sobre orientação sexual, identidade de gênero e nome social dos atendidos. A sugestão está em resolução do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais da Secretaria de Direitos Humanos.



Orientação sexual, de acordo com a recomendação, é "uma referência à capacidade de cada pessoa ter uma profunda atração emocional, afetiva ou sexual". Identidade é "a experiência interna e individual do gênero de cada pessoa". Por fim, o nome social consiste naquele pelo qual "travestis e transexuais se identificam e são identificados na sociedade". A ideia é ter instrumentos para mapear os crimes de discriminação contra a população LGBT.



A resolução já repercute no Congresso. O deputado Marcos Rogério (PDT-RO), que é da base aliada e integra a bancada evangélica, criticou a medida: 

- O que o Congresso não fez em 30 anos, a Dilma fez em uma resolução.



Presidentes da Vivo, Claro e Tim São Convocados para Depor em CPI



Prorrogada para a nova legislatura que se inicia na próxima semana, a CPI estadual que apura a qualidade dos serviços de telefonia móvel em São Paulo já protocolou a convocação dos presidentes da Claro, Tim e Nextel para depoimento. O presidente da Telefonica Vivo, Antônio Carlos Valente, deveria ter comparecido ontem (11) para depor, mas alegou ter compromissos prévios e não foi à Assembleia. Segundo o presidente da CPI, o deputado estadual Orlando Morando (PSDB-SP), Valente será convocado novamente assim que a comissão retomar seus trabalhos, em abril. “Eu defendi a condução coercitiva, mas o plenário foi benevolente e adiou o depoimento”, diz Morando, se referindo a possibilidade de acionar a polícia para garantir a presença do executivo. Em novo período, os trabalhos da comissão serão estendidos e também investigarão a qualidade dos serviços de telefonia fixa, banda larga e TV a cabo no estado de São Paulo.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Aprovado Projeto que isenta Caminhoneiros de Pagar Multa por Bloqueios




O plenário da Câmara aprovou ontem (10) projeto de lei que anistia os caminhoneiros que bloquearam rodovias de todo o país das multas que foram aplicadas no período de 18 de fevereiro a 2 de março, por ocasião dos protestos. Os caminhoneiros bloquearam as estradas em protesto contra o baixo preço do frete, os altos valores do diesel e dos pedágios. A proposta será agora apreciada pelo Senado Federal. 

De autoria do líder da oposição, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), e outros, o projeto foi apresentado no dia 2 de março, há pouco mais de uma semana. A votação foi possível graças a aprovação do pedido de urgência para deliberação da proposta na noite de hoje. 

De acordo com os autores, a proposta limita os tipos de veículos e as infrações cometidas para não criar uma anistia geral para toda e qualquer infração de trânsito que tenha ocorrido no período de 18 de fevereiro a 2 de março. “Nosso objetivo é não onerar ainda mais os caminhoneiros que protestaram legitimamente pelos seus direitos”, disse o autor do texto. 

Pelo projeto, serão anistiadas as multas por estacionamento na pista de rolamento, nos acostamentos, nos cruzamentos ou por impedir a movimentação de outros veículos, assim como o bloqueio da via com o caminhão. 

Internado, Cid Gomes Cancela Depoimento à Câmara

 


O ministro da Educação, Cid Gomes, cancelou o depoimento que daria à Câmara dos Deputados nesta quarta-feira alegando problemas de saúde. Ofício encaminhado à Casa informa que ele está internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. De acordo com o Ministério da Educação, Cid sofre de uma traqueobronquite aguda. Mais detalhes sobre a situação do ministro serão informados por meio de boletim médico, previsto para ser divulgado ainda no início da tarde. Na última quarta, Cid foi convocado - quando a presença é obrigatória - pelo plenário da Casa para dar explicações sobre uma declaração que provocou irritação entre os deputados: ele afirmou, durante visita à Universidade Federal do Pará, que a Câmara "tem uns 400, 300 deputados achacadores" e que esses parlamentares querem o governo fragilizado para poderem "tirar mais". O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chamou o ministro de "mal educado" e articulou a convocação dele para esclarecer a afirmativa. Ainda não há uma nova data para a audiência. 

TV Aberta Pode Ficar Sem Futebol por Causa de Protestos

 


Os protestos contra o governo da presidente Dilma Rousseff, marcados para este domingo, podem alterar drasticamente a rodada do Campeonato Paulista e também a programação de TV. Nesta quarta-feira, a Ponte Preta confirmou que a partida contra o São Paulo, marcada para às 16h (de Brasília) de domingo, no Moisés Lucarelli, pode acontecer mais cedo, para que a Polícia Militar de Campinas trabalhe na partida e nas manifestações, no período da tarde. Na segunda-feira, o Palmeiras já havia anunciado a mudança de horário de sua partida diante do XV de Piracicaba, em São Paulo, pelo mesmo motivo.

A assessoria da Ponte Preta informou que haverá nesta quarta uma reunião entre o comando da PM de Campinas e dirigentes dos clubes e da Federação Paulista de Futebol (FPF) para decidir se o horário da partida será mantido. O São Paulo disse que ainda não foi avisado sobre essa possibilidade. Os ingressos começarão a ser vendidos na sexta-feira.

As emissoras que detêm os direitos de transmissão do Estadual também se interessam no caso, já que São Paulo e Ponte Preta seria a partida transmitida em TV aberta para a capital paulista. Como Corinthians e Santos jogam no sábado, a Globo e a Band ficariam sem nenhuma partida para transmitir às 16h, o horário nobre do esporte no país, em caso de antecipação das partidas dos outros grandes do Estado.

Na segunda-feira, o Palmeiras confirmou que, por recomendação da Secretaria de Seguraça Pública do Estado (SSP), o seu jogo contra o XV de Piracicaba, no Allianz Parque, passou das 16h para as 11h. Diretor de Segurança e Prevenção da FPF, o coronel Marcos Marinho disse que se a manifestação e a partida ocorressem simultaneamente a PM teria dificuldades para dividir o seu contingente. Além disso, os eventos poderiam acarretar sobrecarga no transporte público. Em São Paulo, os protestos estão marcados para às 14h, no vão do Masp, na avenida Paulista.

Após Reunião com Lula, Dilma inclui Toffoli na Agenda

 


Depois de uma reunião de quase quatro horas com o ex-presidente Lula, na terça-feira, 10, em São Paulo, que terminou por volta da meia-noite, a presidente Dilma Rousseff decidiu incluir em sua agenda na manhã desta quarta-feira, 11, um encontro com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, que também faz parte do Supremo Tribunal Federal.

Toffoli pediu ontem para fazer parte da segunda turma do STF, responsável pelo julgamento dos casos da Operação Lava Jato. Se for aceito o pedido de transferência do ministro, Toffoli poderá presidir a condução dos inquéritos, em substituição ao ministro Teori Zawascki, que é o atual relator dos processos que apuram esquema de corrupção na Petrobras. Toffoli já atuou como advogado do PT e assessor jurídico da Casa Civil no governo petista.


segunda-feira, 9 de março de 2015

Secretaria Usa "Multa Moral" no Rio para Resolver Pequenas infrações de Trânsito

 
A secretaria municipal de Ordem Pública começa a aplicar no Rio a chamada multa moral, um modelo de advertência educacional inspirado nas ações de cidadania realizadas em Bogotá, na Colômbia.


Já pensou que tomar uma bronca em público pode ajudar a melhorar o trânsito? É nisso que aposta a prefeitura do Rio de Janeiro. A partir do dia  (7), inspirada em uma medida adotada em Bogotá, na Colômbia, fiscais da Secretaria de Ordem Pública, responsáveis por organizar o tráfego de veículos, passaram a aplicar a chamada "multa moral". 

De acordo com o subsecretário de Ordem Pública, Marcelo Maywald, a ideia é fazer uma abordagem educativa, esclarecendo o motorista sobre o impacto de pequenas infrações no trânsito. “A segunda maior reclamação na prefeitura é o estacionamento irregular. São carros parados na calçada, em rampa de deficiente, em faixa de pedestre e na vaga de idoso. Então, estamos fazendo esse trabalho educativo para tentar mudar. O fiscal procura o condutor, aborda e conversa sobre a consciência no trânsito e respeito ao próximo”, disse, ao acrescentar que a medida não substitui a multa em dinheiro.

A primeira fiscalização feita pela equipe da "multa moral" ocorreu no centro da cidade, onde o Corcel 2 do comerciante Evandro Simões foi encontrado parado em uma vaga reservada a idosos. Os fiscais da secretaria encontraram o motorista, pediram para ele não repetir o ato e aplicaram adesivos da "multa moral" no carro dele. Envergonhado, Evandro, desculpou-se e retirou o carro da vaga proibida. 

“Para mim, essa abordagem não foi boa, fui logo o primeiro”, brincou. “Mas eles foram amigáveis, às vezes, [os fiscais] chegam multando tudo. Melhor assim”, completou. Ele justificou que costuma parar naquela vaga específica para retirar mercadorias do carro. “Vou tirar o carro agora, tem que obedecer a lei, não é?” 

Em geral, segundo o subsecretário, os motoristas alegam que pararam rapidinho em áreas proibidas, se desculpam e prometem não repetir a prática. “Estamos dando uma chance aos motoristas de evitar que equipes [da guarda municipal que] aplicam a multa de verdade, em dinheiro, fazerem o mesmo flagrante”, explicou. Maywald frisa que outras equipes continuam nas ruas aplicando as penas pecuniárias.

Novidade no Rio, a “multa moral”, no entanto, divide opiniões. Pessoas que assistiram à abordagem acreditam que a multa em dinheiro funciona. “O pessoal só sente quando dói no bolso”, disse o vendedor de plástico Fernando Freitas. “Os motoristas fizeram autoescola, já sabem muito bem que é errado e o que é certo, agora, tem ter multa.” 

A “multa moral” foi uma das medidas adotadas pelo prefeito de Bogotá Antanas Mokus, na década de 1990, para regenerar a cidade, que já foi uma das mais violentas do mundo. Ele também substituiu guardas de trânsito por mímicos, parte de uma política de educação no trânsito e cultura cidadã, que transformou a capital colombiana.


sábado, 7 de março de 2015

Operação Lava Jato: Os Nomes na Lista de Janot Enviada ao STF

PRESSÃO O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em seu gabinete. Ele carrega a responsabilidade de limpar Brasília (Foto: Gustavo Moreno/CB/D.A Press)


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki derrubou nesta sexta-feira (6) o segredo de Justiça dos nomes investigados na Operação Lava Jato, que apura desvio de recursos entre estatais, como a Petrobras, e empreiteiras. Com a decisão, os nomes dos políticos que foram investigados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foram enfim divulgados. 
Ao todo, Teori Zavascki determinou a abertura de 21 inquéritos, atendendo os pedidos de Janot. Foram igualmente deferidos seis pedidos de arquivamento de investigações, consideradas procedimentos preliminares ao inquérito, por falta de provas.
Confira abaixo os nomes dos políticos que serão alvo de inquéritos no STF: 
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) - deputado federal
Aline Corrêa (PP-SP) - deputada federal
Aníbal Gomes (PMDB-CE) - deputado federal
Antonio Anastasia (PSDB-MG) - senador
Antonio Palocci (PT-SP) - ex-ministro (por não ter foro privilegiado, seu processo foi encaminhado para a primeira instância)
Arthur de Lira (PP-AL) - deputado federal
Benedito de Lira (PP-AL) - senador
Cândido Vaccarezza (PT-SP) - ex-deputado federal
Carlos Magno (PP-RO) - ex-deputado federal
Ciro Nogueira Filho (PP-PI) - senador (mencionado em dois inquéritos, um para investigar, outro para arquivar)
Dilceu João Sperafico (PP-PR) - deputado federal
Edison Lobão (PMDB-MA) - ex-ministro de Minas e Energia
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - presidente da Câmara dos Deputados
Eduardo Henrique da Fonte (PP-PE) - Deputado Federal
Fernando Collor (PTB-AL) - senador
Gladison de Lima Cameli (PP-AC) - senador
Gleisi Hoffmann (PT-PR) - senadora e ex-ministra da Casa Civil
Humberto Costa (PT-PE) - senador
Jeronimo Pizzolotto Goergen (PP-RS) - deputado federal
João Leão (PP-PE) - vice governador da Bahia
João Luiz Argôlo Filho (SDD-BA) - deputado federal
João Pizolatti (PP-SC) - deputado federal
João Sandes Junior (PP-GO) - deputado federal
José Afonso Ebert Hamm (PP-RS) - deputado federal
José Linhares da Ponte (PP-CE) - deputado federal
José Mentor (PT-SP) - deputado federal
José Otávio Germano (PP-RS) - deputado federal
Lázaro Botelho Martins (PP-TO) - deputado federal
Lindbergh Farias (PT-RJ) - senador
Luis Carlos Heinze (PP-RS) - deputado federal
Luiz Fernando Faria (PP-MG) - deputado federal
Mario Negromonte (PP-PE) - ex-ministro das Cidades
Missionário José Olimpio (PP-SP) - deputado federal
Nelson Meurer (PP-PR) - deputado federal
Pedro Correa (PP-PE) - ex-presidente do PP
Pedro Henry (PP-MT) - ex-deputado
Renan Calheiros (PMDB-AL) - presidente do Senado
Renato Delmar Molling (PP-RS) - deputado federal
Roberto  Britto (PP-BA) - deputado federal
Roberto Egídio Balestra (PP-GO) - deputado federal
Roberto Teixeira (PP-PE) - ex-deputado
Romero Jucá (PMDB-RR) - senador - (mencionado em dois inquéritos, um para investigar, outro para arquivar)
Roseana Sarney (PMDB-MA) - ex-governadora do Maranhão
Simão Sessim (PP-RJ) - deputado federal
Valdir Raupp (PMDB-RO) - senador
Vander Loubet (PT-MS) - deputado federal
Vilson Luiz Covatti (PP-RS) - deputado federal
Waldir Maranhão Cardoso  (PP-MA) - deputado federal
Outros dois réus que não são parlamentares e, portanto, não têm foro privilegiado serão investigados em meio aos inquéritos dos políticos no STF. São eles:
Fernando Soares - lobista conhecido como Fernando Baiano
João Vaccari Neto - tesoureiro do PT
Abaixo, os políticos citados nas investigações e sobre os quais foi atendido o pedido para arquivamento das apurações. Segundo a promotoria, não há evidências o suficiente para manter a investigação contra eles. 
Aécio Neves (PSDB-MG) - senador
Alexandre Santos (PMDB-RJ) - deputado federal
Ciro Nogueira Filho (PP-PI) - senador
Delcídio Amaral (PT-MS) - senador
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) - ex-presidente da Câmara dos Deputados
Romero Jucá (PMDB-RR) - senador (mencionado em dois inquéritos, um para investigar, outro para arquivar)
De todos os investigados, a Justiça já instaurou o inquérito de dois acusados: Fernando Collor e Antonio Anastasia. O inquérito de Antonio Palocci foi encaminhado para a primeira instância porque ele não tem foro privilegiado. 
lista janot (Foto: época)